Muitas pessoas acreditam que só quem está acima do peso desenvolve colesterol alto. Mas essa ideia é um mito e também perigoso. Pessoas magras, jovens e aparentemente saudáveis também podem ter dislipidemia e risco cardiovascular elevado.
Neste artigo, você vai entender por que isso acontece e como cuidar da saúde do coração mesmo quando o peso parece estar “normal”.
O que é o colesterol e por que ele pode subir mesmo sem obesidade?
O colesterol é uma gordura essencial usada pelo corpo para produzir hormônios e membranas celulares. Porém, quando está alto — especialmente o LDL — aumenta o risco de infarto e AVC.
Mesmo magras, muitas pessoas podem ter colesterol alto por três motivos principais:
- genética (o mais comum)
- alimentação com alto teor de gorduras saturadas
- sedentarismo e maus hábitos de vida
Isso significa que o peso corporal não reflete, por si só, o risco cardiovascular.
Colesterol alto e genética: a influência da hereditariedade
A hipercolesterolemia familiar é uma condição em que o fígado produz muito mais colesterol do que o organismo consegue eliminar.
Essas pessoas:
- são magras ou com peso normal
- têm LDL persistentemente alto
- podem ter histórico familiar de infarto precoce
- têm risco cardiovascular aumentado desde jovens
Considera-se infarto precoce quando ocorre:
- antes dos 55 anos nos homens
- antes dos 65 anos nas mulheres
Se isso acontece na sua família, a avaliação precisa ser ainda mais cuidadosa.
Sintomas? Nem sempre o colesterol avisa
Colesterol alto não causa sintomas.
Por isso, muitas pessoas magras passam anos acreditando que “está tudo bem”, até que surge o primeiro evento grave, como:
- infarto
- angina
- AVC
É uma doença silenciosa.
Exemplos comuns de alimentos ricos em gordura saturada
Até pessoas magras podem ter uma dieta que “atira contra o coração”.
As principais fontes de gorduras saturadas, que aumentam o LDL, incluem:
- carnes gordas (picanha, costela, cupim)
- embutidos (linguiça, bacon, salame)
- manteiga e creme de leite
- queijos amarelos
- frituras em geral
- óleo de coco e banha de porco
- doces com gordura hidrogenada (sorvetes, bolos industrializados, biscoitos recheados)
Mesmo em pequenas quantidades, esses alimentos têm grande impacto.
Quais exames fazer para saber como está sua saúde cardiovascular?
Além do perfil lipídico, é importante avaliar:
- glicemia e insulina
- hemoglobina glicada
- creatinina e função renal
- TSH (tireoide pode influenciar colesterol)
- pressão arterial
- obesidade oculta (medida por composição corporal)
E, principalmente:
Uma consulta cardiológica detalhada
A avaliação de risco cardiovascular não se limita aos exames de sangue — exige uma análise completa, que inclui:
- histórico familiar
- sintomas
- pressão arterial
- estilo de vida
- necessidade de exames complementares (como doppler, teste ergométrico, ecocardiograma)
É o cardiologista que define o nível real de risco e o plano de ação.
Como controlar o colesterol mesmo sendo magro
Além da alimentação adequada, outros pilares fazem enorme diferença no controle do colesterol:
1- Alimentação equilibrada
Focar em:
- frutas, verduras, legumes
- fibras (aveia, chia, linhaça)
- oleaginosas
- azeite
- peixes ricos em ômega-3
2- Exercícios regulares
Treinos de resistência + exercícios aeróbicos aumentam o HDL e reduzem o LDL.
3- Sono de qualidade
Dormir mal aumenta o cortisol, a inflamação e piora o perfil lipídico.
4- Saúde mental
Estresse crônico eleva hormônios que alteram metabolismo e colesterol.
Ansiedade → compulsão alimentar → mais gordura saturada.
5- Acompanhamento médico
Muitas pessoas magras com colesterol alto precisam de medicação para atingir metas seguras.
Mesmo pessoas com peso ideal podem ter colesterol alto e risco cardiovascular elevado.
O peso não protege o coração — mas a prevenção protege.
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Clínica Vecor – Asa Sul, Brasília
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